40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

EFEITOS NÃO-AUDITIVOS DO RUÍDO EM TAREFAS DE RECONHECIMENTO DE FALA
Perini, B. P. ; Samelli, A. G. ;

Introdução: Exposição a estímulos estressores, como por exemplo o ruído, podem ter efeitos sobre o Sistema Nervoso Autônomo (SNA), causando respostas fisiológicas induzidas pelo Sistema Nervoso Simpático (SNS) e pelo Sistema Nervoso Parassimpático (SNP). A atividade eletrodérmica (EDA) refere-se à condutividade elétrica da pele, causada pelo suor produzido pelas glândulas écrinas (localizadas, por exemplo, nas palmas das mãos). A ativação dessas glândulas é realizada pelo SNS e pode causar mudanças nos níveis da EDA relativos a sua linha de base. Outra forma de medir o impacto do ruído em situações específicas é utilizando escalas, por meio do autorrelato relacionado ao incômodo relacionado ao ruído. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar mudanças na EDA e o incômodo gerado pelo ruído competitivo durante tarefas de reconhecimento de fala. Metodologia: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob número 5.564.809. Quarenta adultos com audição normal foram monitorados usando EDA durante situação de relaxamento em silêncio e três situações de reconhecimento de fala com monossílabos, sendo elas: em silêncio, com ruído rosa competitivo a 65 dBA (relação sinal-ruído 0 dB) e 75 dBA (relação sinal-ruído -10 dB). Após cada condição de ruído, uma escala subjetiva numérica de incômodo (de 0 a 10, sendo 10 o máximo de incômodo) foi aplicada. Para análise estatística, foi utilizado o teste Anova, com nível de significância de 5%. Resultados: Em relação à EDA, não foi verificada diferença estatisticamente significante para a amplitude do primeiro pico comparando todas as condições. No entanto, houve diferença significativa para a latência do primeiro sinal comparando as situações de fala com e sem ruído (p<0,001), bem como houve um aumento significativo do número de picos de EDA ao comparar as condições com e sem ruído e entre as duas condições com ruído (p<0,001). As porcentagens de respostas corretas na tarefa de reconhecimento de fala diminuíram significativamente para condições de ruído em comparação com a condição sem ruído (p<0,001). Em relação à escala subjetiva, houve diferença estatisticamente significante entre as duas situações com ruído, com maiores escores de incômodo para situação com maiores níveis de ruído (75 dBA) (p<0,001). Conclusão: Nossos resultados sugerem que a presença de ruído competitivo impacta negativamente a tarefa de reconhecimento de fala aumentando a EDA, bem como níveis mais intensos de ruído causam maior incômodo.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1398
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1398


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