PERSPECTIVAS ATUAIS SOBRE ZUMBIDO NA INFÂNCIA: REVISÃO DE LITERATURA INTEGRATIVA.
Kalks, E.J.P. ;
Silva, J.R.A.L ;
Dias, F.A.M. ;
Introdução: O zumbido pode ser definido como a percepção de um som na ausência de uma fonte sonora externa. Trata-se de um sintoma auditivo que pode se manifestar de diferentes formas, variando desde um leve incômodo até uma condição extenuante, capaz de impactar significativamente a qualidade de vida do indivíduo. As causas do zumbido são multifatoriais, sendo em sua maioria de origem auditiva, ou para-auditiva (relacionadas com alterações vasculares ou mioclonias). O zumbido pode se manifestar em qualquer faixa etária, sendo que na população pediátrica seu diagnóstico é mais desafiador, devido às dificuldades que as crianças possuem em relatar o que estão sentindo e a incompreensão de que não é normal perceber o zumbido. Os fatores determinantes para o surgimento do zumbido na infância são diversos e incluem alterações anatômicas (como malformações ósseas ou nervosas), perdas auditivas de diferentes etiologias (temporárias ou permanentes), condições metabólicas, entre outros. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre o zumbido na infância, com o intuito de identificar quais as evidências científicas mais recentes sobre o tema. Metodologia: Trata-se de uma Revisão de Literatura Integrativa, realizada nas bases de dados PubMed, Portal CAPES e BVS. Os descritores utilizados foram “Zumbido OR Tinido OR Zumbido Pulsátil AND Infância OR Child”. Como filtro foi utilizado o período de publicação de janeiro de 2015 a dezembro de 2024. Resultados: O levantamento bibliográfico realizado nas bases de dados mencionadas revelou uma escassez de estudos sobre o tema, com apenas cinco artigos encontrados que abordam o zumbido na infância. Os artigos indicaram insuficiência no manejo clínico, destacando a importância da conscientização familiar e da adesão às diretrizes clínicas. Os artigos também apontaram que o impacto do zumbido nas crianças pode ser tão significativo como nos adultos, estando associado a dificuldades de sono, baixa concentração escolar, sofrimento emocional, misofonia e tontura. Além disso, pode ser identificado na literatura consultada a importância das diretrizes de boas práticas para adoção de abordagens mais padronizadas e especializadas para o atendimento da população pediátrica, levando-se em consideração que as atividades desempenhadas por uma criança são completamente diferentes das de um adulto, bem como as especificidades para o diagnóstico audiológico de crianças. Conclusão: Os resultados do presente estudo permitiram identificar o número limitado de pesquisas voltadas para o diagnóstico e tratamento do zumbido na população pediátrica, evidenciando a necessidade de maior atenção científica para essa condição e suas possíveis implicações no desenvolvimento e na qualidade de vida das crianças. Ao evidenciar a escassez de estudos sobre o tema, a revisão de literatura realizada destaca a necessidade de uma maior conscientização acerca dos problemas relacionados ao zumbido em crianças, reforçando a importância de sua investigação na população pediátrica a fim de potencializar o diagnóstico e tratamento do zumbido na infância.
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