MEDO DE CAIR EM IDOSOS COM TONTURA CRÔNICA COM E SEM HISTÓRICO DE QUEDAS
BARROSO, AS ;
LOPES, C.M. ;
LOPES, A.M. ;
LOPES, KC ;
GANANÇA, F.F. ;
BRANCO-BARREIRO, F.C.A. ;
Introdução: Vertigem e tontura, queixas frequentes na população idosa, levam ao medo de cair, que é considerado um forte preditor de quedas. Objetivos: investigar o medo de cair em idosos com tontura crônica, com e sem histórico de quedas, bem como caracterizar as quedas relatadas pelos pacientes quanto a local, período e causa. Metodologia: Estudo observacional prospectivo, de corte transversal e descritivo, realizado no Ambulatório de Avaliação e Reabilitação Vestibular de um hospital universitário na cidade de São Paulo. Os critérios de inclusão para participar do estudo foram: ter 50 anos ou mais, queixa de tontura de origem vestibular há mais de seis meses e condições visuais, auditivas e cognitivas para responder os instrumentos. Os participantes responderam um questionário para caracterização sociodemográfica e de saúde, um questionário para investigação do histórico e caracterização de quedas (Howcroft et al., 2017) e a FES-I Brasil (Falls Efficacy Scale) para avaliar o medo de cair em situações do dia a dia do paciente. Resultados: Foram avaliados 29 pacientes encaminhados para o ambulatório de reabilitação vestibular do Hospital São Paulo. 88,89% dos participantes que apresentavam histórico de quedas eram do sexo feminino, 55,56% tinham diagnóstico de hipofunção vestibular bilateral, 88,88% eram hipertensos, 44,44% relataram ter diabetes, 88,88% faziam uso de polifarmácia e 55,55% cursaram até o ensino fundamental. Já com relação aos participantes sem histórico de quedas, 65% eram mulheres, 50% foram diagnosticados com hipofunção vestibular unilateral, 57,14% relataram hipertensão arterial sistêmica, 23,8% diabetes, 71,42% faziam uso de polifarmácia e 57,14% cursaram até o ensino médio. A média de idade dos participantes com histórico de queda foi de 71,22 anos e a dos participantes sem histórico foi de 68,30 anos. A pontuação média dos participantes com histórico de quedas foi de 38,89 pontos e daqueles sem histórico foi de 32,10 pontos. As quedas ocorreram mais dentro de casa (55,56%), nos períodos da manhã (44,44%) e da tarde (44,44%) e, que a maioria dos participantes (66,67%) acreditava que a causa havia sido a tontura. 100% dos pacientes com histórico de quedas apresenta maior preocupação com cair, ao passo que 75% do grupo sem histórico tem essa preocupação. Conclusão: O medo de cair esteve presente em adultos e idosos com tontura crônica tanto com histórico de quedas, quanto naquelas que não vivenciaram este evento. Neste estudo também foi possível observar que as quedas relatadas ocorreram mais dentro da residência, ao longo do dia e tendo como agente causador do evento a tontura.
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