40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

FATORES ASSOCIADOS AOS RESULTADOS DA REABILITAÇÃO VESTIBULAR
TEIXEIRA, H.A. ; MOROZETTI, M.R.P. ; LOPES, K.C. ; GANANÇA, F.F. ; BRANCO-BARREIRO, F.C.A. ;

Introdução: A identificação de fatores que podem interferir negativamente no resultado da reabilitação vestibular pode contribuir para diminuir seus efeitos na recuperação do paciente e facilitar a recuperação após um distúrbio vestibular, além de auxiliar no estabelecimento de expectativas realistas do paciente durante o estabelecimento de metas. Objetivo: identificar fatores associados aos resultados da reabilitação vestibular (RV) em pacientes com disfunção vestibular crônica e verificar se a RV é eficaz na diminuição da gravidade da tontura nesses pacientes. Método: estudo observacional retrospectivo descritivo realizado no Ambulatório de Avaliação e Reabilitação Vestibular de um hospital universitário na cidade de São Paulo. Foram selecionados os prontuários de pacientes com tontura crônica de origem vestibular, que completaram o programa de reabilitação vestibular entre janeiro de 2022 a janeiro de 2024. Os dados analisados foram: informações sociodemográficas e de saúde (idade, sexo, escolaridade, duração da doença, hipótese diagnóstica vestibular, tipo de tontura, prática de exercício físico, histórico de quedas, qualidade do sono, número de comorbidades e de medicamentos em uso) e os resultados pré- e pós- reabilitação vestibular do Questionário de Handicap da Tontura (Dizziness Handicap Inventory – DHI), usado para avaliar a autopercepção da gravidade e do impacto da tontura na qualidade de vida. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1, composto pelos pacientes que apresentaram melhora dos sintomas vestibulares depois da reabilitação e Grupo 2, composto pelos pacientes que não apresentaram melhora dos sintomas vestibulares depois da reabilitação. A melhora ou não dos sintomas vestibulares foi determinada a partir da comparação do resultado do DHI pré- e pós-RV: diminuição no escore total de pelo menos 18 pontos foi considerada melhora. Resultados: Foram incluídos 31 indivíduos distribuídos em Grupo 1: 14 pacientes, sendo 3 homens (21,4%) e 11 mulheres (78,6%), com média de idade de 62.21 anos e Grupo 2: 17 pacientes, sendo 5 homens (29,4%) e 12 mulheres (70,6%), com média de idade 64.71 anos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os participantes dos Grupos 1 e 2 com relação à número de doenças e valor do DHI após a reabilitação vestibular. No entanto, o Grupo 1 apresentou uma média de DHI pré-RV mais alta (65.71 pontos) em comparação ao Grupo 2 (41.76 pontos). Os Grupos 1 e 2 eram semelhantes quanto à escolaridade, tipo de tontura, prática de exercício físico, histórico de quedas, e hipótese diagnóstica vestibular. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os participantes dos Grupos 1 e 2 em relação à duração e frequência da tontura. Houve uma associação significativa entre a qualidade do sono e a melhora com a reabilitação vestibular (p = 0.0493) e entre o valor do DHI pré-RV e a melhora (p = 0.0145). Houve um efeito significativo do tratamento sobre o resultado na comparação dos valores do DHI pré e pós-RV. Conclusão: Pacientes com disfunção vestibular crônica com maior gravidade da tontura antes da intervenção tiveram uma maior probabilidade de melhora após a reabilitação vestibular. A reabilitação vestibular foi eficaz na diminuição da gravidade da tontura em pacientes com disfunção vestibular crônica.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1444
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1444


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