40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

O PESO DO RECÉM NASCIDO AO NASCIMENTO IMPACTA NA CHANCE DE FALHA NO POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO AUTOMÁTICO NA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL?
Almeida, M.F ; Chiriboga, L.F. ; Sideri, K.P. ; Grassi, J. ; Pinto, E.S.M. ;

Introdução: A triagem auditiva neonatal (TAN) é fundamental para a detecção precoce da perda auditiva em recém-nascidos, permitindo intervenção oportuna. Baixo peso ao nascimento está associado a condições que podem comprometer a função auditiva, sendo um possível fator de risco para perda auditiva. Apesar disso, a influência específica do peso ao nascimento nos resultados do potencial evocado auditivo automático (PEATEa) na TAN ainda é pouco explorada, especialmente em populações de países em desenvolvimento. Objetivo: Investigar a associação entre o peso ao nascimento e a chance de falha no PEATEa na TAN e avaliar a magnitude desse impacto. Metodologia: Este é um estudo observacional e retrospectivo, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 5.227.720. Foi realizada a análise documental de 981 recém-nascidos com indicadores de risco submetidos ao PEATEa na etapa teste da TAN ao longo de um ano. Foram analisadas as variáveis sexo, tipo de serviço de saúde, peso ao nascer e tipo de parto e foi realizado um recorte em relação ao peso do nascimento para esta pesquisa. Para a análise estatística, foram construídos modelos lineares generalizados do tipo logístico e com função de ligação do tipo logit para cada orelha, ajustando-se para possíveis fatores de confusão. Resultados
A análise revelou uma associação significativa entre o peso ao nascimento e a falha no PEATEa. Para cada 100 gramas a menos no peso ao nascimento, a chance de falha aumentou em 1,03 vezes para a orelha direita e 1,04 vezes para a orelha esquerda. Conclusões: Os resultados demonstram que o peso ao nascimento influencia significativamente a chance de falha no PEATEa na TAN. Esses achados destacam a necessidade de atenção diferenciada a recém-nascidos de baixo peso em programas de triagem auditiva, incluindo acompanhamento mais rigoroso e possíveis adaptações nos protocolos de avaliação. Estudos futuros são necessários para explorar os mecanismos fisiológicos que conectam o baixo peso à função auditiva e para desenvolver estratégias que reduzam a ocorrência de falhas em populações vulneráveis.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1446
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1446


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