PERDA AUDITIVA SÚBITA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Silva, C.D. ;
Medeiros, F.J.A ;
Gomes, R.C ;
Silva, G.V.K ;
Fernandes. C.L.L ;
Oliveira, L.H.P.G ;
Martins.M.L ;
PERDA AUDITIVA SÚBITA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Ana Júlia Ferreira de Medeiros
Cristiane Ribeiro Gomes
Dayelle Cavalcante da Silva
Gvania Pyetra Honorata Lucena de Oliveira
Kethinly Victória Gomes da Silva
Leticia Luzia Carvalho Fernandes
Mariana Lopes Martins
Introdução: A Perda Auditiva Súbita (PAS) em crianças é uma condição rara, mas que pode ocorrer por diversos fatores, como infecções virais, uso de medicamentos ototóxicos, genética, doenças autoimunes, traumas físicos e outros distúrbios, que pode ocorrer de forma repentina e sem explicação aparente. O diagnóstico é realizado por meio de uma série de testes audiológicos, e está intimamente relacionado ao grau de perda auditiva. Os testes utilizados podem ser tanto subjetivos quanto objetivos, que ajudam a avaliar a gravidade da perda e a identificar possíveis causas subjacentes, permitindo tratamento mais eficaz. Objetivo: Analisar a relação da PAS em crianças, através de uma revisão integrativa da literatura. Metodologia: Foram selecionados artigos coletados em seres humanos, do tipo experimentais ou observacionais, sem restrições de idiomas, publicados nas bases PubMed e BVS. A busca foi realizada em dezembro de 2024, utilizando os descritores "Sudden Hearing Loss" OR "Sudden Deafness" AND Children. A busca resultou em 21 artigos lidos na integra, dos quais 11 foram excluídos por não se adequarem aos critérios de inclusão. Após a triagem, 10 foram selecionados e analisados, com foco na PAS das crianças. Resultados: Atualmente, existem poucos estudos sobre PANS em crianças. Como a taxa de incidência é menor do que em adultos, a maioria dos estudos tem uma amostra pequena. Porém, a identificação da PAS requer atenção especial, pois pode ter um impacto negativo na aquisição da linguagem, no desenvolvimento social e no sucesso educacional da criança. Os diferentes diagnósticos influenciarão no prognóstico, como o tipo de curva timpanométrica; a perda auditiva leve com melhor prognóstico e a grave com o pior prognóstico; perdas descendentes de baixa frequência e média a alta frequência com melhor prognóstico, enquanto o tipo de surdez total é o pior. Os resultados também apontaram que a intervenção precoce, especialmente com o uso de corticosteroides, foi associada a taxas mais altas de recuperação auditiva, conforme evidenciado em grande parte dos estudos incluídos. Além disso, observou-se que a presença de zumbido em crianças com perda sensorioneural pode ser um fator positivo para o prognóstico, funcionando como um indicativo de alguma atividade auditiva residual. No entanto, a falta de uniformidade nos protocolos de diagnóstico e tratamento entre os estudos dificulta a comparação direta dos resultados. A análise destacou ainda a necessidade de reabilitação auditiva para minimizar os impactos da perda auditiva no desenvolvimento cognitivo e social, principalmente em crianças com perda severa. Conclusão: A perda auditiva súbita em crianças exige diagnóstico precoce e manejo adequado devido aos impactos no desenvolvimento cognitivo, social e educacional. Intervenções rápidas, como corticosteroides, e estratégias de reabilitação são cruciais. Estudos futuros devem focar em amostras maiores e abordagens terapêuticas mais padronizadas e abrangentes.
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