A PERDA AUDITIVA NA FAMÍLIA INFLUENCIA NA IDADE DE CHEGADA DA CRIANÇA NO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO AUDITIVA INFANTIL?
Silva, C. M. G. ;
Nascimento, M. E. ;
Silva, S. L. A. ;
Bezerra, J. S. A. ;
Bezerra, A. H. C. ;
Xavier, I. Y. Q. ;
Silva, E. P. F. ;
Gomes, L. F. ;
Santos, I. R. D. ;
Brazorotto, J. S. ;
Introdução: O diagnóstico tardio da deficiência auditiva pode impactar significativamente o
desenvolvimento infantil. Logo, para intervenções precoces e efetivas, é importante aliar a
Triagem Auditiva Neonatal Universal a ações que efetivem a trajetória da triagem à intervenção.
As informações sobre os fatores de risco para a deficiência auditiva podem conscientizar a
população e aumentar a sua adesão no acompanhamento da audição de sua criança. Embora
a história familiar de deficiência auditiva seja um fator de risco significativo para a perda
auditiva em crianças, há escassez de estudos sobre a relação desta informação e a chegada
das famílias para o processo de diagnóstico audiológico na infância. Objetivo(s): Analisar se
há diferença na idade de chegada ao serviço de reabilitação auditiva do Sistema Único de
Saúde (SUS) entre crianças de famílias com ou sem casos de pessoas com deficiência auditiva
na família. Metodologia: Estudo retrospectivo, aprovado em Comitê de Ética institucional sob o
número do parecer 7.316.303, que contou com a análise quantitativa e qualitativa de 39
prontuários com dados completos de crianças que já receberam alta ou se desligaram do
programa de reabilitação de um serviço de reabilitação do SUS, que ingressaram no serviço no
período entre 2003 e 2019. A informação sobre deficiência auditiva na família foi coletada da
anamnese, portanto, referida pelo informante. Os dados foram tabulados em uma planilha do
Excel® e na análise adotou-se p significativo < 0,05. Considerando a distribuição dos dados no
teste Shapiro-Wilk (famílias com casos de deficiência auditiva: p = 0,165; e sem casos: p =
0,036), realizou-se a análise não paramétrica pelo teste de Mann-Whitney. Resultados: As
crianças sem casos de perda auditiva na família (n=22) chegaram ao serviço aos 56 meses e
aquelas com casos de deficiência auditiva (n=17) aos 46 meses. Não foi observada diferença
estatisticamente significativa entre os grupos (p = 0,799). Entre os familiares com deficiência
auditiva foram relatados irmãos, primos, tios ou tias paternos e maternos. Conclusões: O fato
de ter um membro da família com deficiência auditiva não influenciou na idade de ingresso da
criança no serviço de saúde auditiva na amostra analisada. Dada a complexidade dos fatores
que podem contribuir para a chegada ao diagnóstico audiológico em tempo oportuno, é
imprescindível sua análise para o fortalecimento da intervenção precoce.
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