40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

A INFLUÊNCIA DA PERDA AUDITIVA E DO APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL EM ATIVIDADES MUSICAIS
Quental, S. L. M. ; Amaral, M. I. R. ; Couto, C. M. do ;

Introdução: O aparelho de amplificação sonora individual (AASI) deve garantir o conforto e satisfação do usuário nas diversas situações de escuta, incluindo a de música. Contudo, o processamento dos sons musicais por meio deste dispositivo pode ser limitado e prejudicado, o que pode dificultar seu uso durante atividades musicais. Objetivo: Identificar a percepção geral de usuários de AASI músicos a respeito da influência da perda auditiva e do uso do AASI, durante a prática e apreciação musical. Método: Pesquisa de abordagem quantitativa, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer número 6.334.827. A coleta de dados foi feita por meio de um questionário misto elaborado especificamente para esta pesquisa, disponibilizado em plataforma digital. Participaram oito adultos (seis homens e duas mulheres), com média de idade de 59 anos, músicos, usuários de AASI, com perda auditiva bilateral de qualquer grau ou tipo, adquirida após o conhecimento prático em música. O grupo foi composto por cinco músicos profissionais e três amadores, entre instrumentistas, regente de orquestra e cantor lírico. Os resultados das perguntas objetivas são apresentados utilizando-se estatística descritiva e índice percentual e foram elencadas categorias representativas para a pergunta dissertativa. Resultados: A média de tempo de experiência musical foi de 43.7 anos e o tempo de uso de AASI variou entre dois meses a 20 anos, com mediana de cinco anos. Dois participantes (25%) usam AASI em uma orelha e seis (75%) usam em ambas orelhas. Sete participantes (87.5%) usam AASI diariamente e um (12.5%) usa “quando sente a necessidade, incluindo atividades musicais”. A maioria dos participantes (sete, 87.5%) acha que a perda auditiva limita sua atuação na música, sendo que cinco participantes (62.5%) acham que limita “mais ou menos” e dois participantes (25%) acham que limita “um pouco”. A maioria dos participantes (sete, 87.5%) também afirmou que a perda auditiva modificou sua atuação enquanto músicos, sendo que quatro assinalaram que “fizeram algumas adaptações para continuar suas atividades”, um assinalou que “parou de praticar seu instrumento, mas continua apreciando situações musicais”, um relatou que “passou a usar filtro atenuador de dB em bares (...) e ensaio de banda” e um relatou que “passou a ouvir muito menos música (...)”. Em relação à satisfação do uso do AASI nas situações de prática e de apreciação musical, com apoio de escala gradual com cinco opções variando de “muito satisfeito” a “muito insatisfeito”, a média de respostas foi “nem satisfeito nem insatisfeito”. Em relação às impressões sobre o uso do AASI em situações de prática e apreciação musical, as respostas dissertativas correspondem às categorias: “melhora a percepção de altas frequências”, “a transposição de frequências compromete a compreensão musical”, “é melhor usar o fone de ouvido ao AASI” e “prejuízo em localização sonora”, cada uma referida por um participante. Conclusões: Os resultados sugerem que a perda auditiva influencia em certo grau na prática e apreciação musical e o AASI parece proporcionar nível mediano de satisfação para os participantes nessas situações. Destaca-se a limitação desses resultados, decorrente do tamanho e características da amostra.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1540
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1540


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