40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

RUÍDO E ESFORÇO AUDITIVO: PESQUISA DO P300 COM ESTÍMULO DE FALA EM MÚSICOS.
Abrao-Lamas, I. F. ; Reis, A. C. M. B. ; Costa, L. L. ; Calderaro, V. G. ;

Introdução: O contato musical, seja por meio da prática ou da escuta, estimula diversas regiões do cérebro simultaneamente, incluindo áreas relacionadas à memória, linguagem, cognição, atenção e funções motoras. É interessante estudar a função auditiva dos músicos para entender como o córtex auditivo processa sons no caso desses indivíduos, em especial a fala em diferentes condições acústicas, sejam elas favoráveis ou não. Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi investigar diferenças entre músicos e não músicos na percepção de estímulos de fala na presença e ausência de ruído, além da autopercepção do esforço auditivo nessas condições. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo, quantitativo e comparativo. Possui número do parecer do Comitê de Ética: 5964804. A pesquisa contou com 30 participantes, divididos igualmente entre 15 músicos e 15 não músicos, comparados por sexo e idade, variando entre 19 e 40 anos. Para a investigação dos participantes, foram utilizadas a avaliação eletrofisiológica P300 em campo livre, na condição com e sem ruído (a 0º azimute, S/R=0 a 75 dB) com estímulos sintéticos /ba/ e /da/ e ruído NB (Narrow Band) e a Escala Visual Analógica para medida do esforço auditivo. Resultados: A presença de ruído no teste exigiu maior esforço auditivo de ambos os grupos. O grupo de músicos apresentou menor latência do que os não músicos na percepção de fala com ruído. Não foi encontrada diferença significativa quando comparados os dois grupos estudados, tanto para latência, quanto para amplitude do P300, nas duas condições. No que diz respeito à variável idade, associada ao P300, não houve diferença estatística significativa quando comparados os grupos. Já, quanto à variável sexo, houve diferença (p= 0,0211): homens apresentaram amplitudes maiores em relação às mulheres. Sobre a autopercepção de esforço, a média de respostas foi maior para o teste realizado na presença do ruído nos dois grupos, porém os músicos apresentaram menor esforço auditivo para fazer o teste P300, nas duas condições, comparado com o grupo de não músicos. Conclusões: A presença do ruído demonstrou latências elevadas e uma morfologia de onda com maior dificuldade de visualização, apesar de não ter sido observado diferenças significativas nas medidas de latência e amplitude do P300 entre os grupos. Comparando os resultados do teste sem e com ruído, observou-se uma maior demanda de esforço auditivo na condição de ruído para os dois grupos estudados.

Palavras-chave: Percepção auditiva. Músicos. Percepção da fala. Esforço auditivo. Potenciais evocados auditivos de longa latência.

DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1544
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1544


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