A RELAÇÃO ENTRE A PERDA AUDITIVA E A DEPRESSÃO EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Zolio, R. S. ;
Carlos, C. H. O. ;
Matos, A. H. F. ;
Silva, I. V. S. ;
Borges, L. R. ;
Introdução: A comunicação humana é pautada em sua capacidade de expressar ideias e compreendê-las através da relação entre a fala e audição com seu interlocutor. Com o envelhecimento humano, tem-se a natural degradação de sua capacidade auditiva, a presbiacusia. A dificuldade de compreender as pessoas em sua volta pode desencadear o isolamento social, levando ao consequente desenvolvimento da depressão. Objetivo: Identificar a relação entre a perda auditiva e a depressão na população idosa. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de caráter analítico-exploratório, realizada por meio da busca e seleção de artigos nas bases de dados da LILACS e SciELO, com o uso dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): perda auditiva, depressão, idosos e presbiacusia em português, entre os anos de 2013 e 2023. Resultados: A análise de 2250 sujeitos com perda auditiva (PA) revelou que 93,6% não tinham PA especificada e 6,4% tinham PA especificada, sendo 41% leve, 34% moderada e 25% severa. Entre os sujeitos, 16,3% apresentaram PA e depressão, enquanto 83,7% tinham apenas PA. A prevalência de depressão aumenta com o grau de PA: 71% nos casos leves, 92% nos moderados e 100% nos severos. Conclusão: A perda auditiva em idosos está fortemente relacionada à depressão, aumentando o risco de isolamento social, diminuição da autoestima e redução da qualidade de vida. Portanto, avaliações audiológicas completas e a reabilitação auditiva com a adaptação do aparelho de amplificação sonora individual são recomendados como um dos meios de prevenir a depressão em idosos.
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