ESCALA ANALÓGICA VISUAL E DIZZINESS HANDICAP INVENTORY DE IDOSOS COM QUEIXA DE TONTURA: UM ESTUDO COMPARATIVO.
Oliveira, N. S. ;
Menezes, N. B. ;
Siqueira, A. R. ;
Santos Filha, V. A. V. ;
Introdução: O envelhecimento é um fenômeno gradual e irreversível que provoca mudanças no corpo humano, afeta a mobilidade e funcionalidade dos indivíduos, podendo ser acompanhado de inúmeras comorbidades, dentre elas destaca-se a Síndrome Vestibular do Idoso que aumenta significativamente o risco de quedas e compromete, consequentemente, a qualidade de vida e bem-estar dessa população. A atuação fonoaudiológica dispõe de diferentes ferramentas que mensuram qualitativa e objetivamente o impacto da tontura no cotidiano, sendo a Escala Visual Analógica (EVA) e o Dizziness Handicap Inventory (DHI) exemplos delas. A EVA permite que o paciente classifique a intensidade da tontura em uma escala de 0 a 10, proporcionando uma avaliação subjetiva, enquanto o DHI avalia o impacto nas atividades diárias em três dimensões: funcional, emocional e física. Quando utilizados em conjunto, ambos oferecem uma visão abrangente do impacto da tontura na vida do idoso, auxiliando no diagnóstico e planejamento de intervenções eficazes. Objetivo: Analisar quantitativamente o impacto da tontura na qualidade de vida de idosos, comparando duas ferramentas de avaliação aos tipos de tontura relatados pelos pacientes. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, transversal, que se utilizou de análise quantitativa, vinculado a um projeto de pesquisa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa institucional, sob o número 2.732.475. Amostra composta por 61 idosos, com queixas de tontura, de 60 a 87 anos, de ambos os sexos. Todos foram atendidos em uma clínica escola, submetidos a uma anamnese, avaliações otoneurológicas, com ênfase a aplicação da EVA e DHI para o presente estudo. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 69,90 anos, sendo 63,93% do sexo feminino. A média da EVA foi de 8,0, com pontuação igual ou maior a 7 indicada por 84,91% dos idosos, enquanto o DHI apresentou uma média de 50,4 pontos, com discreto predomínio do aspecto funcional. Quanto ao tipo de tontura, 40 (65,57%) relataram desequilíbrio e 21 (34,43%) vertigem, e as médias da EVA para os dois grupos foram de 7,42 e 8,13, respectivamente. O DHI também mostrou uma predominância do aspecto funcional, com médias de 51,37 pontos para vertigem e 46,50 para desequilíbrio. Conclusão: A EVA revelou um impacto maior da tontura na qualidade de vida dos idosos quando comparada com o DHI. Especificamente, na EVA, a maioria da população estudada indicou uma pontuação elevada (igual ou maior que 7), assim como evidenciada para a vertigem na EVA e no DHI, e predomínio do aspecto funcional.
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