40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

CONTRIBUIÇÃO DAS PROVAS DE UNTERBERGER-FUKUDA E CALÓRICA NO DIAGNÓSTICO DE IDOSOS COM QUEIXA DE TONTURA.
Siqueira, A. R. ; Menezes, N. B. ; Oliveira, N. S. ; Santos Filha, V. A. V. ;

Introdução: A tontura é um sintoma frequente entre idosos, amplamente associada a distúrbios do sistema vestibular, que, juntamente com o sistema visual e proprioceptivo, é responsável pela manutenção do equilíbrio. Tais distúrbios impactam na qualidade de vida dos idosos e aumentam o risco de quedas, um dos principais fatores de morbidade e mortalidade nessa faixa etária. O diagnóstico preciso dessas condições é fundamental, e exames como a Prova de Unterberger- Fukuda e a Prova Calórica são comumente usados para avaliar a função vestibular. A Prova de Unterberger- Fukuda consiste em uma marcha sem deslocamento, observando o movimento rotacional com olhos abertos e fechados, avalia o controle vestíbulo-espinhal; enquanto a prova calórica avalia a resposta dos canais semicirculares laterais, individualmente, a estímulos térmicos. A relação entre os resultados dessas provas em idosos ainda é pouco explorada, justificando a realização deste estudo comparativo. Objetivo: caracterizar e comparar os resultados da Prova de Unterberger- Fukuda e da Prova Calórica em idosos com queixa de tontura. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e transversal, com análise quantitativa, vinculado a um projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) institucional, sob o número 2.732.475. A amostra foi composta por 45 idosos, com idades entre 60 e 86 anos, atendidos em uma clínica escola. Foram incluídos idosos com queixa de tontura, e excluídos aqueles com condições motoras ou neurológicas que interferissem na realização das provas. Os participantes passaram por anamnese e avaliações otoneurológicas, incluindo a aplicação das provas de Unterberger-Fukuda (PUF) e calórica. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 68,76 anos, em sua maioria mulheres (71,11%). Na PUF com olhos abertos, 37 idosos (82,22%) apresentaram desempenho adequado durante a prova, enquanto oito (17,78%) apresentaram desvios, sendo cinco (62,55%) desvio superior a 45°, dois (25%) avanço, e um (12,45%) desvio inferior a 45°. Já PUF com olhos fechados, o desempenho adequado foi observado em 28 idosos (62,22%), e desvios em 17 (37,78%), sendo nove (52,94%) superiores a 45° e oito (47,06%) inferiores a 45°. Na Prova Calórica, 35 idosos (77,78%) apresentaram resultados normais, enquanto 10 (22,22%) apresentaram alterações, dentre os quais três (30%) predomínio labiríntico, três (30%) hiperreflexia, dois (20%) hiporreflexia, e dois (20%) predomínio direcional do nistagmo. Com o intuito de associar os resultados das provas, observou-se que, dos 35 idosos com resultados normais na Prova Calórica L, 27 (77,14%) também apresentaram resultados normais na PUF, enquanto oito (22,86%) apresentaram alterações. Já entre os 10 participantes com alterações na Prova Calórica, oito (80%) apresentaram normalidade na PUF e dois (20%) apresentaram alterações, ou seja, idosos com alteração na PUF tem duas vezes mais chance de ter também alteração na Prova calórica. Conclusão: A maior ocorrência de alterações foi observada na PUF com olhos fechados, sendo o desvio superior a 45° o mais frequente. Além disso, identificou-se associação entre as alterações dessa prova e os resultados da Prova Calórica, sugerindo que ambos os exames podem oferecer informações complementares sobre disfunções vestibulares em idosos com tontura.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1579
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1579


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