40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

DESEMPENHO DE CRIANÇAS COM E SEM DIFICULDADES ESCOLARES EM UMA BATERIA MÍNIMA DO PROGRAMA AUDBILITY
Lemos, A. C. P. ; Carvalho, B. R. ; Tambascia, B. L. ; Carvalho, N. G. ; Guadagnini, M. F. ; Ubiali, T. ; Colella-Santos, M. F. ; Amaral, M. I. R. ;

Introdução: Dada a influência do Transtorno do Processamento Auditivo TPAC na aprendizagem, é essencial que os escolares nos anos iniciais de alfabetização passem por uma triagem eficaz das habilidades auditivas. O programa Audibility passou por estudos iniciais e de validação que o destacaram como eficiente para a triagem das habilidades auditivas e apresentaram uma proposta de bateria mínima, visando a redução do tempo de aplicação. Objetivo: Analisar o desempenho de crianças com e sem dificuldades escolares em um protocolo de bateria mínima de triagem das habilidades auditivas do programa AudBility. Método: Estudo descritivo-analítico e comparativo, de corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética (#6.216.032) e realizado em parceria com uma escola pública. Participaram 120 crianças, sendo 68 (56,67%) meninas, média de idade 7,49+0,76 anos, falantes do português brasileiro, sem alterações cognitivas, síndromes ou transtornos do neurodesenvolvimento, com audição periférica normal e desempenho na média ou acima da média da capacidade intelectual no Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven. Na escola, aplicou-se o Teste de Desempenho Escolar (TDE-II) e o protocolo mínimo de triagem das habilidades auditivas do programa AudBility, que abrange as tarefas de Resolução Temporal (RT), Fechamento Auditivo (FA), Interação Binaural (IB), Ordenação Temporal (OT) e o Questionário de Autopercepção do Processamento Auditivo Central (QAPAC). A partir do TDE II, houve a divisão em dois grupos: Grupo 1- 82 crianças com bom desempenho escolar - percentil maior ou igual a 41% e Grupo 2 - 38 crianças com dificuldade escolar - percentil menor ou igual a 40%. Resultados: Os grupos foram homogêneos quanto a distribuição da idade (p=0,946) e sexo (p>0,999). Não houve diferença significativa na tarefa de RT. Na tarefa de FA, o G2 foi melhor do que o G1 aos 6 anos (TE=0,106) e pior aos 7 anos (TE=0,115), mas não houve diferença estatística e efeito de tamanho relevante para orelha e sexo. Na tarefa de IB, as crianças de seis anos apresentaram maior dificuldade (p=0,004), a orelha direita teve melhor desempenho (p<0,001) e o G2 apresentou pior desempenho (p=0,02). Na tarefa de OT, houve melhor desempenho aos oito anos nos dois grupos (p=0,006) e maior dificuldade do G2 na orelha esquerda, em comparação ao G1 (p=0,004). No QAPAC, o G2 apresentou pior desempenho (p=0,038), os meninos do G2 apresentaram pior pontuação (TE=0,170) (p=0,030) e as crianças do G1 pontuaram melhor aos sete (TE=0,112) e aos oito anos (p=0,015). Conclusão: Os resultados demonstraram pior desempenho de crianças com dificuldade escolar no protocolo de bateria mínima do programa AudBility e evidenciaram influência da idade, orelha e sexo nos grupos estudados.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1591
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1591


EXPOSITORES

REALIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO

ANFITRIÃO

APOIO


Recife Expo Center
Rua Cais Santa Rita, 156
São José - Recife - PE
Cep: 50020-665
Desenvolvido por Dinamk Tech