40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS DE FONOAUDIÓLOGOS NA IDENTIFICAÇÃO E MANEJO DO TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL: RESULTADOS PREELIMINARES
Sousa, R. N. P. ; Silva, W. C. M. A. ; Santos, A. B. O. ; Paiva, M. A. A. ; Barbosa, I. ;

Introdução: O sistema auditivo capta e converte estímulos sonoros em impulsos elétricos, enviados ao Sistema Nervoso Auditivo Central (SNAC), que processa informações auditivas, como localização, discriminação e aspectos temporais, essenciais para a comunicação. Alterações nessas habilidades podem indicar o Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC), diagnosticado por fonoaudiólogos por meio de testes específicos. A identificação precoce do TPAC, especialmente nos primeiros anos de vida, é crucial devido à intensa formação de sinapses neurais nesse período. Conhecer as experiências e desafios enfrentados por esses profissionais contribui para a criação de estratégias que aprimorem o diagnóstico e o manejo do TPAC. Objetivo: Avaliar com que frequência e quais critérios levam os fonoaudiólogos a considerarem o TPAC como hipótese diagnóstica em suas avaliações. Métodos: O presente estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número de parecer 7.046.795 . Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, de campo, observacional e descritiva, de abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa foi realizada de forma online, utilizando a ferramenta Google Forms. Participaram 26 fonoaudiólogos(as) devidamente regulamentados, com mais de 18 anos, atuando presencialmente em qualquer área da Fonoaudiologia, no setor público e/ou privado, sem exigência de tempo mínimo de experiência. Foi aplicado um questionário de identificação elaborado para o estudo, contendo questões objetivas e discursivas. As questões objetivas permitiram respostas como "sim" ou "não" (ex.: Você trabalha com reabilitação do PAC?) ou opções como "às vezes", "diariamente", "dificilmente" ou "nunca" (ex.: Com que frequência você encaminha para exame do PAC?). Os dados foram armazenados em planilhas eletrônicas e analisados estatisticamente com médias, desvios padrão e frequências. Resultados: A maioria dos participantes se identificou como do gênero feminino (80,77%, n=21). A idade média dos participantes foi de 29,81 anos (±5,92). Em relação ao tempo de experiência profissional, 38,46% (n=10) relataram ter "mais de 5 anos e menos de 10 anos". Sobre o conhecimento relacionado ao TPAC, 100% (n=26) dos participantes afirmaram saber o que é o transtorno. Apesar disso, 61,54% (n=16) não se sentem confiantes para identificar características do TPAC. A maioria (73,08%, n=19) não trabalha com reabilitação do PAC. Quanto à frequência de encaminhamentos para exames de PAC, 46,15% (n=12) realizam "às vezes". No que tange à consideração do TPAC como hipótese diagnóstica, 50% (n=13) relataram que "dificilmente" o consideram. Sobre a associação do TPAC com outros diagnósticos, 46,15% (n=12) relataram associá-lo "às vezes" a condições como TDAH, TEA e TDL. As principais dificuldades relatadas na identificação do TPAC foram a falta de consciência sobre o transtorno (26,92%, n=7) e sintomas semelhantes a outros transtornos (26,92%, n=7). Já no manejo do TPAC, a maior dificuldade apontada foi a adesão à reabilitação, relatada por 28% (n=7) dos participantes. Conclusão: Os fonoaudiólogos participantes desta pesquisa apresentam desafios na identificação, manejo e reabilitação do TPAC, especialmente devido à falta de confiança, formação específica e adesão dos pacientes às intervenções.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1592
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1592


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