DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO EM UM ADOLESCENTE COM SÍNDROME DE DOWN - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lima, L. G. M. B. ;
Araújo, F. C. M. ;
Silva, F. G. M. ;
Dantas, C. L. L. ;
Introdução: O estágio supervisionado dentro da graduação, tem como proposta possibilitar que os discentes possam desenvolver habilidades clínicas lidando com situações reais, voltado para o atendimento de pacientes para avaliação e diagnóstico Objetivos: Relatar e descrever a experiência de aprendizagem durante o atendimento de um adolescente com Síndrome de Down no estágio supervisionado em diagnóstico audiológico. Sabe-se que a experiência prática associada aos conteúdos teóricos proporcionam um melhor processo de aprendizagem. Metodologia: Relato de experiência vivenciado enquanto discentes do quarto período do curso de fonoaudiologia, atuando no estágio supervisionado em diagnóstico audiológico, que trata sobre avaliação audiológica (detecção e diagnóstico), ocorreu durante o semestre 2024.2, no curso de graduação em Fonoaudiologia. Resultados: O atendimento ocorreu no mês de novembro de 2024, na clínica escola de audiologia. Foi atendido um paciente do sexo masculino, com 15 anos de idade, diagnosticado com Sindrome de Down, encaminhado para diagnóstico audiológico. Em um indivíduo adolescente é esperado a realização de uma audiometria básica, mas levando em consideração as alterações associadas aos quadros da síndrome de Down, que podem apresentar alterações de fala, linguagem, alterações, comportamentais e cognitivas, se fez necessário flexibilizar o processo de atendimento, sendo possível ampliar o entendimento clínico no manejo com o paciente e aplicação de conhecimentos teóricos e práticos de forma integrada contribuindo de forma direta na formação como fonoaudióloga. Foi possível aperfeiçoar a conduta clínica, e aprimorar a flexibilidade e criatividade, uma vez que as condições cognitivas, emocionais e comportamentais do paciente demandam ajustes contínuos na abordagem. A experiência de o atendimento com um paciente real, diante da complexidade do caso, contribuiu para consolidar de forma concreta as teorias. Foi possível observar o uso de métodos de avaliação infantil em indivíduos adultos por motivos de comprometimento das alterações no desenvolvimento, ampliando meu conhecimento na área de atendimento audiológico. Proporcionou um importante aprendizado para os alunos de Fonoaudiologia, que puderam vivenciar na prática o impacto de um bom preparo para atender adequadamente pacientes com síndromes. Conclusão: A experiência contribui de forma significativa na formação, pois possibilitou aos alunos de fonoaudiologia compreender na prática, como as alterações cognitivas e emocionais podem impactar no atendimento fonoaudiológico de forma geral. O atendimento proporcionou relacionar a teoria com a prática em audiologia, tornando possível palpar os conhecimentos de sala de aula vivenciando-os na prática, aprimorando as minhas competências clínicas, contribuindo significativamente com minha formação acadêmica e pessoal. Essa vivência trouxe para minha formação como fonoaudióloga uma grande instrução ao flexibilizar o atendimento, que proporcionou um aprendizado único onde foi possível a integração de conhecimentos teóricos e práticos não só dá audiologia, mas também informações da área de linguagem, ao observar com um olhar clínico os níveis de interação que o indivíduo desempenhava com seus pares. Esse atendimento foi muito rico em experiências interdisciplinares, no qual foi necessário visualizar o paciente no seu total, não nos limitando somente aos saberes audiológicos, mas integrando conhecimentos teóricos e práticos de outras disciplinas.
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