40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

REABILITAÇÃO AUDITIVA: ESTRATÉGIA DE ADAPTAÇÃO DE JOGOS DIGITAIS NA MODALIDADE CLÍNICA EM CRIANÇAS USUÁRIAS DE IMPLANTE COCLEAR
AMORIM, A. S. ; LIMA, M. C. M. P. ; SILVA, I. R. ;

Introdução: A reabilitação auditiva compreende um conjunto de métodos e técnicas usadas no processo terapêutico fonoaudiológico. Com o treinamento das habilidades auditivas, os indivíduos pós-implantados podem obter um melhor desempenho na aquisição da linguagem oral. Uma forma de se trazer benefícios para o desenvolvimento auditivo de uma criança com implante coclear é o uso de jogos digitais. Objetivo: Estimular e avaliar as aquisições de linguagem oral de crianças surdas, usuárias de implante coclear, por meio de jogos digitais. Metodologia: Número do CAAE: 81203724.3.0000.5404. Trata-se de uma pesquisa clínica de caráter qualitativo. Foram selecionadas seis crianças entre 5 e 10 anos, pós-implantadas, em uma clínica fonoaudiológica universitária, acompanhadas em terapia fonoaudiológica por um período de 3 meses, sessões uma vez por semana. A plataforma escolhida para o estudo foram os jogos da Play Store, envolvendo: Baby Playground, Jogos infantis, Jogos para crianças, Funny Food 3 e Dentist. A pesquisa consistiu em adaptar brinquedos físicos associados às categorias a serem usadas nos jogos digitais para se trabalhar as habilidades auditivas e a oralidade. Resultados parciais: Os resultados demonstraram autonomia das crianças na escolha dos jogos. Das 6 crianças, 4 apresentaram oralização de palavras simples, 2 usaram vocalização e balbucios nas aplicações dos jogos físicos e digitais. Para realizar o treinamento auditivo foi aplicada a temática música e sons com os instrumentos musicais piano, chocalho, xilofone, tambores. Quatro crianças oralizaram as letras do alfabeto com as do piano e as sílabas DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI associando a linguagem escrita, auxiliando na produção da oralidade. Neste jogo, uma criança demonstrou agilidade em reconhecer as notas musicais com movimentos complexos, após repetição. As demais apresentaram dificuldade em realizar movimentos simples. No jogo da categoria cor, as crianças apresentaram atenção, a maioria conseguiu discriminar a cor sem ver o nome escrito, visto que as dificuldades podem aparecer por não ter chegado ao processo de significação da imagem, leitura e escrita. Por outro lado, foi bastante usado o cartão com onomatopeias, microfone e celular infantil, junto com o brinquedo de dentista e o jogo dentist. As crianças realizaram vocalização e fizeram tentativas de pronunciar e repetir o som com intervenção terapêutica promovendo um contexto de situações simbólicas. No acompanhamento, três crianças demonstraram evolução nos fonemas surdos e sonoros, permanecendo com dificuldade maior nos fonemas líquidos, pois a maioria precisava treinar força de movimento articulatório para conseguir a pronúncia correta. Notamos que o uso de microfone com amplificação auxiliou na percepção vocálica. Conclusão: Os jogos mostraram-se bastante efetivos para estimulação e produção da oralidade, com a presença de vocalizações espontâneas das crianças ao ganhar ou perder um jogo, sendo que a maioria delas iniciou os atendimentos apresentando pouca articulações. Trabalhar com as particularidades de cada criança, visando suas habilidades de raciocínio, trouxe benefícios terapêuticos para a linguagem e audição. Houve devolutiva relevante de pais que informaram uma melhora na oralização identificada pelo mapa do implante, com uma perspectiva de avanço na produção de palavras simples para frases curtas com pronúncia correta.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1605
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1605


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