RELAÇÃO ENTRE PERDA AUDITIVA E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM PESSOAS IDOSAS: REVISÃO INTEGRATIVA
Guimarães, M.H.B.M. ;
Silva, J.H.P.M.L ;
Amaral, A.K.F.J. ;
Andrade, W.T.L. ;
Introdução: As pessoas, especialmente as idosas, costumam enfrentar problemas de saúde relacionados com a idade, como a perda auditiva (PA), que podem impactar seriamente a sua vida social e econômica. Além disso, existe uma preocupação com a saúde mental com essa população, pois sabe-se que o risco de sintomas depressivos aumenta com o avanço da idade. Isto demonstra a necessidade urgente de intervenções abrangentes para promover a saúde mental e auditiva nesta população. Objetivos: Discutir a relação entre a ocorrência de PA e sintomatologia depressiva em pessoas idosas. Método: Esta revisão integrativa analisou artigos nas bases de dados PubMed e SciELO, nos meses de agosto e setembro de 2024, utilizando as palavras-chave “perda auditiva”, “pessoas idosas” e “sintomas depressivos”. Foram selecionados 9 artigos originais e metanálises, publicados entre 2020 e 2024, após exclusão de duplicados, selecionados por um único pesquisador. A análise focou na metodologia e resultados sobre a relação entre PA e sintomas depressivos em idosos. Resultados: O sofrimento psíquico em idosos, especialmente os sintomas depressivos, está fortemente associado à PA, tendo em vista que o isolamento social é um fator de risco para a depressão. Mulheres e pessoas negras com PA têm maior vulnerabilidade a sintomas depressivos. Embora o uso de aparelhos auditivos possa melhorar a função auditiva, sua eficácia na redução da depressão é limitada. A relação entre PA e depressão é mediada por fatores sociais, enfatizando a necessidade de intervenções que promovam apoio emocional e engajamento comunitário. Conclusão: Foi verificada relação entre PA e sintomas depressivos em idosos, especialmente agravada pelo isolamento social advindo da restrição de audição. Fatores como sexo, raça e status socioeconômico influenciam a vulnerabilidade, especialmente em mulheres e pessoas negras. Embora dispositivos auditivos ofereçam benefícios, eles não são suficientes para atenuar os sintomas depressivos, exigindo uma abordagem mais abrangente. Intervenções que promovam suporte social e emocional são essenciais para prevenir e tratar esses sintomas.
DADOS DE PUBLICAÇÃO