40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

GRAU E TIPO DE PERDA AUDITIVA E SUA RELAÇÃO COM A PRESCRIÇÃO DE MOLDE AURICULARES
Rodrigues, B. F. S. S ; Rios, J. C ; Mota, A. M ; Reis, A. V. S ; Carvalho, L. P ; Silva, I. M. C ; Pereira, V. R. C ;

Introdução: O estudo dos tipos e graus de perda auditiva e a prescrição dos moldes auriculares é fundamental para compreender o perfil dos usuários atendidos em serviços de saúde auditiva. A indicação do molde auricular é realizada pelo fonoaudiólogo, baseada em critérios clínicos que relacionam o tipo de molde à perda auditiva apresentada. Identificar padrões de perda auditiva e os fatores considerados na prescrição dos moldes contribui para uma reabilitação auditiva eficaz. Objetivo: Verificar quais tipos de moldes auriculares são mais solicitados e descrever a relação com os tipos e graus de perda auditiva em um centro de saúde auditiva. Metodologia: A pesquisa foi realizada a partir da análise dos prontuários de 30 usuários de um centro de audiologia, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer n. 7.089.831). Foram incluídos usuários de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que apresentavam perda auditiva superior a 50 dBNA (bilateral ou unilateral), audiometria atualizada, sem histórico de cirurgias otológicas ou comprometimento da membrana timpânica. Os moldes auriculares analisados foram do tipo concha ou invisível duplo, sendo ambos de silicone ou acrílico. O grau da perda auditiva foi classificado conforme os limiares audiométricos, sendo moderada (41 a 55 dBNA), moderadamente severa (56 a 70 dBNA), severa (71 a 90 dBNA) e profunda (acima de 91 dBNA). O tipo de perda foi classificado como condutiva, mista ou neurossensorial, a partir da comparação entre os limiares de via aérea e via óssea de cada orelha. Resultados: Foram analisados 30 prontuários de 10 (33,3%) homens e 20 (66,7%) mulheres, sendo mais da metade abaixo dos 60 anos. Em relação ao tipo de molde, 14 (46,7%) eram o molde concha e 16 (53,3%) o molde invisível duplo. Quanto ao tipo de perda auditiva, na orelha direita 24 (85,7%) usuários apresentaram perda neurossensorial e 4 (14,3%) perda mista; na orelha esquerda, 25 (89,3%) tinham perda neurossensorial e 3 (10,7%) mista. Em relação ao grau da perda auditiva na orelha direita, 4 (14,3%) apresentaram perda moderada, 3 (10,7%) moderadamente severa, 12 (42,9%) severa e 8 (28,6%) profunda. Na orelha esquerda, 4 (14,3%) apresentaram perda moderada, 5 (17,8%) moderadamente severa, 11 (39,3%) severa e 8 (28,6%) profunda. A análise da relação entre o grau de perda auditiva e o tipo de molde auricular indicou uma significância estatística (valor-p < 0,05), sugerindo uma correlação entre essas variáveis. A prescrição dos moldes auriculares seguiu critérios clínicos fundamentados na literatura, que associam o tipo de molde à necessidade de amplificação de cada paciente. Conclusão: Este estudo revelou que a perda auditiva neurossensorial foi predominante, especialmente nos graus severo e profundo. O molde invisível duplo foi o mais indicado pelos fonoaudiólogos. A correlação significativa entre o grau da perda auditiva e o tipo de molde auricular reforça a importância de realizar a prescrição correta do molde de acordo com a perda, garantindo a reabilitação auditiva adequada.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1616
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1616


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