40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

ANÁLISE DAS LATÊNCIAS E AMPLITUDES DOS POTENCIAIS EVOCADOS AUDITIVOS CORTICAIS DE MULHERES COM E SEM MIGRÂNEA VESTIBULAR: UM ESTUDO PILOTO
BARBOSA, J.T.F.S. ; NOVAES, T. F. A. ; LOPES, A. D. S. ; ANDRADE, K. C. L. ; MENEZES, P. L. ;


Introdução: A migrânea vestibular é uma variante da migrânea em que os sintomas principais são vestibulares. Dentre os sintomas otoneurológicos, encontram-se as vertigens, perda auditiva, zumbido e sensação de plenitude auricular. É a segunda causa mais comum de vertigem episódica não posicional, responsável de cerca de 10% das doenças que podem causar tontura. Sua fisiopatologia permanece controversa, entretanto, estudos sugerem que a sobreposição das vias trigeminais e vestibulares influenciam na ativação de aferentes nociceptivos vestibulares e cranianos. Neste contexto, os potenciais evocados auditivos corticais são uma forma de acessar o sistema nervoso central destas mulheres, tendo em vista a sua precisão temporal e a não invasividade do seu método, tornando-os ideais para investigar as alterações funcionais cíclicas do cérebro migranoso. Objetivo: Avaliar os achados de latências e amplitudes dos potenciais evocados auditivos corticais em mulheres com e sem migrânea vestibular. Métodos: Estudo analítico observacional transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer no 6.595.774. Participaram deste estudo cinco mulheres com migrânea vestibular e cinco mulheres sem migrânea vestibular. Todas as participantes apresentaram limiares auditivos dentro da normalidade e foram expostas aos estímulos de fala /da e /ba/, sendo a sílaba /da/ o estímulo de fala frequente e a sílaba /ba/ o estímulo raro. Os estímulos de fala foram apresentados seguindo o paradigma oddball. Resultados: Participaram deste estudo dez mulheres, sendo cinco do grupo controle e cinco do grupo estudo, pareadas por idade, sendo a média de idade de 40 anos (±2,82). No grupo estudo, as médias das latências para P1, N1 e P2 na orelha direita foram, respetivamente, 73,60 (±19,87) ms, 101,19(±0) ms e 135,54 (±2,94) ms. As médias das amplitudes para P1, N1 e P2 foram, respetivamente, 0,98 (±0,95) µV, -2,97 (±1,32) µV e 0,76 (±1,61) µV. Na orelha esquerda, as médias das latências de P1, N1 e P2 foram, respetivamente, 65,79 (±0) ms, 102,75 (±6,61) ms e 138,66 (±8,83) ms, e as amplitudes foram, respetivamente, 2,11 (±1,32) µV, -2,81 (± 0,09) µV e 1,39 (±2,16) µV. No grupo controle, as médias das latências para P1, N1 e P2 na orelha direita foram, respetivamente, 62,67 (±0) ms, 95,46 (±3,68) ms e 131,38 (±17,66) ms. As médias das amplitudes para P1, N1 e P2 foram, respetivamente, -0,15 (± 2,59) µV, -3,32 (±1,27) µV e 0,63 (± 4,97) µV. Na orelha esquerda, as médias das latências de P1, N1 e P2 foram, respetivamente, 60,59 (±0) ms, 85,05 (±0,73) ms e 129,81 (±27,23) ms. As médias das amplitudes foram, respetivamente, 0,22 (±2,33) µV, -3,56 (±-3,56) µV e 0,76 (±4,15) µV. Conclusão: A média das latências das orelhas direita e esquerda foram maiores e as amplitudes menores no grupo com migrânea vestibular, quando comparadas ao grupo controle.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1619
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1619


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