RASTREIO DE HABILIDADES COGNITIVAS DE IDOSOS USUÁRIOS DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL
Eduardo, J.Y.M. ;
Lima, I.L.B. ;
Cavalcanti, D.M.M.A. ;
Introdução: A população idosa do Brasil tem crescido significativamente. Com o envelhecimento, aumentam as comorbidades sensoriais e cognitivas, como o declínio na comunicação e a perda auditiva, que afetam a qualidade de vida. Objetivo: Descrever e analisar o desempenho de idosos usuários de AASI em teste de rastreio cognitivo. Métodos: O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética sob o parecer número 6.978.429. A amostra foi composta por 15 idosos, com média de idade de 77,33 anos, sendo oito homens e sete mulheres, e com média de tempo de uso do AASI de 34,5 meses. Os critérios de inclusão foram idosos com mais de 65 anos, perda auditiva e uso de AASI por no mínimo seis meses. Na coleta de dados, foi realizado o exame cognitivo Addenbrooke (ACE-R) e análise documental da audiometria tonal para definir o tipo e o grau de perda auditiva. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o Jamovi. Resultados: 73,3% dos idosos apresentaram perda auditiva de grau moderado, sendo 93,3% com perda bilateral. A configuração descendente em rampa bilateral foi observada em 46,6%, indicando piores limiares em frequências agudas. Alterações na fluência verbal e memória foram encontradas em todos os participantes. Foi observada uma correlação negativa forte entre a idade e a linguagem dos participantes (p<0,001) e negativa moderada entre a idade e o escore total do rastreio cognitivo (p=0,013). Conclusão: Há dificuldades cognitivas em idosos com perda auditiva usuários de aparelho de amplificação sonora individual, especialmente em memória e fluência verbal. Quanto maior a idade, menor o desempenho cognitivo e de linguagem.
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