APRENDENDO SOBRE A AUDIÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A PRÁTICA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Lima, L. G. M. B. ;
Cáceres, A. M. ;
Medeiros, W. N. F. ;
Introdução: A extensão é um dos pilares que compõem a tríade de uma universidade, juntamente com o ensino e a pesquisa. Logo, por meio da extensão universitária, o aluno durante a formação em saúde consegue se aproximar da comunidade, proporcionando aquisição de conhecimentos sobre assuntos ligados ao processo saúde-doença e das boas práticas em saúde. Nesse sentido, o ambiente escolar e as crianças se tornam elementos de grande potencial para promover conhecimento à saúde, pois são verdadeiros agentes na divulgação de conhecimento tanto para sua família como para pessoas de sua rede de convívio. Haja visto, que segundo o censo escolar de 2002, cerca de 61 mil estudantes da educação básica possuem deficiência relacionada a surdez, é de extrema importância que o fonoaudiólogo que atue no contexto educacional, ao identificar as crianças com essa deficiência, esteja realizando práticas informativas de forma lúdica, a fim proporcionar maior inclusão e disseminar a informação sobre os cuidados com a saúde auditiva. Objetivos: Sensibilizar as crianças de uma turma da educação infantil a respeito dos cuidados necessários com a audição, além de promover a familiarização com o aparelho de amplificação sonora individual. Metodologia: Este relato de experiência descreve uma oficina realizada com uma turma da educação infantil de um colégio de aplicação vinculado a uma universidade federal. A oficina fez parte das atividades de um projeto de extensão universitária cujo objetivo é elaborar e implementar estratégias que estimulem o desenvolvimento da linguagem no ambiente da educação infantil que foi conduzida por uma fonoaudióloga docente e dois extensionistas com a parceria das professoras responsáveis pela turma. A proposta da oficina surge a partir da preocupação de uma mãe, que possui uma criança matriculada nesta turma, com deficiência múltiplas, entre estas: a deficiência auditiva. Nesse contexto, tendo em vista que a criança encontra-se em adaptação do uso do Aparelho de Amplificação Sonoro Individual (AASI), a responsável expressou preocupação diante das professoras, caso outro criança pudesse manipular, causando assim prejuízos. A partir desta problemática, foi elaborado uma intervenção com a turma.Foi usado um protótipo de orelha aumentada, pelúcias representando suas respectivas partes, bem como um AASI. Resultados: Durante a atividade, foram abordadas temáticas sobre as estruturas da orelha e do ouvido. As crianças exploraram materiais para entender melhor o assunto, compartilharam experiências sobre a audição e falaram sobre colegas que usam aparelho auditivo ou têm sensibilidade auditiva. Observou-se para além do momento da oficina a ausência de problemas relacionados ao uso do aparelho pela criança mencionada. Conclusão: A oficina permitiu que crianças na primeiríssima infância pudessem compreender a importância dos cuidados com a audição e a aceitação do aparelho de amplificação sonora individual em ambiente da educação infantil. Proporcionou uma importante aprendizagem para os extensionistas de Fonoaudiologia, que vivenciaram o impacto positivo de intervenções lúdicas na saúde auditiva e a importância de criar atividades que favoreçam a escuta ativa e a socialização das crianças, além de destacar a relevância da presença do fonoaudiólogo no ambiente escolar.
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