PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE AUDITIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Melo, J. W. L. ;
Suassuna, L. F. C. ;
Nascimento, S. M. S. ;
Almeida, A. L. A. ;
Lopes, LMV. ;
Introdução: As práticas de educação em saúde são ações que visam conscientizar a população acerca de sua realidade e como ela pode impactar em sua saúde. Na Atenção Primária à Saúde (APS), a Fonoaudiologia pode desempenhar um papel essencial na promoção da saúde e prevenção de agravos, por meio de práticas educativas que contribuam para a melhora da saúde auditiva da população. Objetivo: Identificar as práticas de educação em saúde, no âmbito da saúde auditiva, desenvolvidas pela Fonoaudiologia na APS brasileira. Metodologia: Revisão integrativa da literatura que teve como pergunta norteadora: “Quais práticas de educação em saúde, no âmbito da saúde auditiva, são desenvolvidas pela Fonoaudiologia na APS brasileira?”. As buscas foram realizadas nas fontes de dados Google Acadêmico, SciELO e PubMed, em dezembro de 2024, incluindo artigos completos, publicados nos últimos 5 anos nas línguas portuguesa e inglesa, que tivessem o SUS como cenário de práticas. Os descritores usados foram: saúde auditiva, Fonoaudiologia, Atenção Primária à Saúde e perda auditiva. Após aplicação dos filtros e critérios, 7 artigos foram selecionados para compor essa revisão. Resultados: Das ações identificadas, 57,1% ocorreram na região nordeste e 14,3% na região sul. Uma ação ocorreu a nível nacional e um artigo não registrou o local da ação. As práticas encontradas tinham como público-alvo direto agentes comunitários de saúde em 71,4%, usuários em fila de espera em 14,3% e participantes de um grupo de gestantes em 14,3%. Foram descritas ações educativas presenciais em 57,1% dos artigos e formações online em 42,9%. O assunto mais abordado foi a saúde auditiva na primeira infância e o desenvolvimento da audição, encontrado em 71,4% dos artigos. Dentre as principais ações de educação em saúde, relacionadas à saúde auditiva, destacam-se: Capacitação de agentes comunitários de saúde, programa de formação continuada para profissionais da APS e orientações sobre teste da orelhinha e saúde auditiva durante tratamento oncológico. Conclusão: Os achados sugerem que a região nordeste foi a que mais apresentou práticas educativas em saúde auditiva, sendo que a maioria delas foi direcionada à capacitação de agentes comunitários de saúde e tiveram como tema o desenvolvimento da audição. Tendo em vista que problemas de audição podem acometer indivíduos em qualquer idade, é necessário ampliar a abrangência das ações de educação em saúde auditiva para outras faixas etárias. A inclusão de diferentes públicos-alvo destaca a importância de explorar dinâmicas horizontais que promovam uma maior interação e troca de conhecimentos entre os participantes.
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