40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

TESTE DE DÍGITOS NO RUÍDO (TDR) EM ESCOLARES DE 7 E 8 ANOS: COMPARAÇÃO ENTRE OS PARADIGMAS DIÓTICO E ANTIFÁSICO
Ferreira, J. V. M. ; Vital, B. S. B. ; Machado, A. J. L. D. ; Souza, L. E. G. ; Oliveira, M. C. V. N. ; Ferrari, D. V. ; Brazorotto, J. S. ; Araújo, A. D. S. N. ; Balen, S. A. ;

Introdução: A perda auditiva causa diversos impactos na qualidade de vida das sociedades. Nas crianças em idade escolar, pode resultar em dificuldades na compreensão, baixo desempenho acadêmico, além de problemas psicossociais. Assim, a identificação precoce das alterações auditivas é imprescindível e o uso das tecnologias móveis pode ser um facilitador nesse processo. Atualmente, a metodologia de triagem é baseada na audiometria tonal, que mesmo sendo eficaz, apresenta limitações em situações de ruído ambiental e requer uma maior infraestrutura para sua aplicação. Nesse sentido, o Teste de Dígitos no Ruído (TDR) é um procedimento autoadministrado, baseado em saúde móvel que vem sendo preconizado para a triagem auditiva em escolares. Em comparação à triagem audiométrica o TDR possui maior validade ecológica e maior robustez frente ao ruído ambiental. Objetivo: Comparar as respostas nos modos diótico e antifásico do Teste de Dígitos no Ruído (TDR) em Português Brasileiro, entre escolares de 7 e 8 anos. Metodologia: Estudo transversal analítico e descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 6.275.455). A amostra envolveu 27 escolares do primeiro ano de uma Escola Pública, com idade entre 7 e 8 anos (7,26±0,65), sendo 11 do sexo masculino. Os procedimentos foram realizados no ambiente escolar em uma sala silenciosa. Todos os escolares realizaram triagem audiométrica (1, 2 e 4 KHZ) e emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente bilateralmente (EOAT). Todos os escolares reconheceram visualmente os dígitos de 0 a 9 previamente à realização do TDR. A instrução ao teste foi fornecida ao início de cada modo de aplicação (diótico e antifásico), sendo os mesmos aplicados em ordem aleatorizada entre os escolares. Foi utilizado o smartphone Motorola Z3 com os dígitos apresentados binauralmente de forma automática e adaptativa pelos fones auriculares do próprio smartphone. Observou-se que os dados não apresentaram distribuição (teste Shapiro-Wilk), sendo utilizado o teste não-paramétrico de Wilcoxon para comparação do TDR nas duas condições (diótico e antifásico). O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O limiar de reconhecimento de fala no ruído com o TDR diótico variou de -9,2 a 17,7 dB, com mediana -4,8 dB. Na condição antifásica foi observada variação de -12,8 a 17,6 dB, e mediana de -6,6 dB. Constatou-se que nessa condição antifásica o TDR foi mais negativo que na diótica (Z=-2,12; p=0,033). Conclusões: Os resultados evidenciaram que há diferença entre o limiar de reconhecimento de fala no ruído na condição diótica e antifásica do TDR em Português Brasileiro na faixa etária de 7 a 8 anos. A variação dos valores obtidos em ambas as condições, pode sugerir que o TDR é capaz de identificar características individuais na faixa-etária estudada em relação ao desempenho auditivo dos escolares. Este fator, somado a variabilidade no desempenho dos escolares, com presença de valores positivos não esperados, indicam a necessidade de estudos futuros sobre a influência de determinantes sociais e biológicos no desempenho do TDR em ambas as condições de aplicação.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1668
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1668


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