40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS DE BEBÊS COM RISCO DE PERDA AUDITIVA ATENDIDAS POR TELECONSULTA EM UM AMBULATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Galdino, T.F.L. ; Ferreira, J.V.M. ; Nascimento, G.F.F. ; Pimentel, M.C.R. ; Silva, S.S. ; Brazorotto, J.S. ; Araujo, A.D.S.N. ; Balen, S.A. ;

Introdução: A saúde digital tem transformado o cuidado em saúde, otimizando o acesso à população e os fluxos de trabalho dos profissionais de saúde. Nessa perspectiva, a teleconsulta tem sido uma importante ferramenta para melhorar a adesão no acompanhamento contínuo de bebês e suas famílias, possibilitando um monitoramento mais frequente e orientações oportunas para o desenvolvimento de bebês em situação de risco para a perda auditiva e outras alterações do neurodesenvolvimento. Objetivo: Caracterizar o perfil de famílias atendidas via teleconsultas em um ambulatório de desenvolvimento infantil com ênfase na saúde auditiva. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer 5.389.138. Foram realizadas 26 teleconsultas no período de maio a dezembro de 2024. As teleconsultas foram realizadas por meio de um sistema de Teleconsulta de um Núcleo de Telessaúde vinculado ao Ministério da Saúde. Para a determinação do perfil socioeconômico dos participantes, foi aplicado o instrumento desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas e Pesquisa (ABEP), no qual foram colhidas informações sobre o nível de instrução do provedor principal da residência, características da moradia e média da renda familiar. Para a classificação e caracterização dos participantes, foi utilizado como parâmetro a referência a estabelecida pelo ABEP, a partir das pontuações determinadas no Corte do Critérios Brasil, sendo eles: classe A (45-100 pontos), classe B1 (38-44 pontos), B2 (29-37 pontos), C1 (23-28 pontos), C2 (17-22 pontos) e classe D (0-16 pontos). Resultados: Das 26 teleconsultas realizadas, seis foram excluídas pois não responderam o ABEP. Sendo assim, 20 famílias participaram da análise descritiva, no qual 13 (65%) pertenciam a classe D, cinco a classe C2 (25%), um a classe C1 e um a classe B2 (5% respectivamente). Desta forma, pode-se observar que a maioria das famílias atendidas via teleconsulta pertenceu a classes sociais de menor renda, evidenciando que o serviço tem sido capaz de atender um público socioeconomicamente mais vulnerável. Dos 20 respondentes, todas eram do sexo feminino e a média de idade foi de 25,61 anos. O nível de instrução do provedor da família foi respectivamente de oito (40%) com ensino médio completo, seis (30%) com o fundamental I completo, 5 (25%) com o ensino fundamental completo e apenas 1 (5%) com o ensino superior completo. Quanto ao perfil das mães, 10 (50%) possuem o ensino médio completo e 5 (25%) médio incompleto, enquanto 3 (15%) possuem o ensino fundamental completo. Já as outras duas (10%) possuem, respectivamente, ensino superior incompleto e pós-graduação completa. Conclusão: O estudo evidencia que a teleconsulta pode ser considerada uma ferramenta útil para a acessibilidade das famílias no cuidado em saúde infantil, pois permite à população de diversos níveis socioeconômicos o acompanhamento e monitoramento de suas queixas, além de ser uma estratégia importante para a promoção da saúde. Outro ponto é que pode manter o vínculo entre a família e os profissionais repercutindo sobre a diminuição de faltas nos atendimentos presenciais.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1677
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1677


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