IMPLANTAÇÃO DE TESTE DA ORELHINHA E SERVIÇO DE MONITORAMENTO AUDITIVO EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO.
Almeida, M. C. O. ;
ALBUQUERQUE, V. G. M. ;
BARBOSA, M. E. O. ;
DELMIRO, I. F. ;
FARIAS, K. V. ;
ALMEIDA, I.L.M. ;
Introdução: A audição é essencial para o desenvolvimento adequado da fala, linguagem, aprendizagem e socialização. Quaisquer prejuízos que acarretem um quadro de privação auditiva, total ou parcial, têm potencial para interferir negativamente no processo de aquisição e desenvolvimento das habilidades comunicativas e cognitivas, podendo causar atrasos no desenvolvimento global da criança. A importância da detecção precoce dos prejuízos auditivos nos primeiros meses de vida está relacionada à necessidade de se realizar o diagnóstico e intervenção o mais cedo possível, uma vez que nos primeiros dois anos de vida existe uma maior capacidade adaptativa e funcional quando comparada às faixas etárias superiores, o que favorece no melhor prognóstico em relação ao desenvolvimento global da criança. Nesse sentido, a triagem auditiva neonatal (TAN), ou teste da orelhinha, permite a identificação e suspeita de perda auditiva, seguida pela confirmação diagnóstica, intervenção médica e reabilitação. Por sua importância, a TAN deve ser universal, sendo executada independentemente da presença de indicadores de risco para a deficiência auditiva. Os procedimentos recomendados são as emissões otoacústicas evocadas ou potencial evocado auditivo de tronco encefálico, modo automático. Objetivo: Descrever as características e ações da implantação de serviço de teste da orelhinha e monitoramento auditivo em bebês munícipes em uma cidade do Sertão. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal. Foi implantado em Novembro de 2023 numa cidade de Sertão (no qual possui 4895 habitantes) um Ambulatório Multiprofissional de atendimento e diagnóstico de crianças. Dentre uma das estratégias realizadas pelo ambulatório é a realização de teste da orelhinha de crianças que não realizaram o exame no hospital e monitoramento auditivo de crianças com indicadores de risco para deficiência auditiva. Inicialmente é realizada anamnese e teste da orelhinha por estímulo transiente e identificação de fatores de riscos para alterações auditivas. Em caso de exames complementares os pacientes são encaminhados para uma cidade de referência para saúde auditiva do estado, e posteriormente com seu laudo são mostrados e explicados a família pela equipe multiprofissional. Resultados: Já foram realizados 32 testes da orelhinha no qual 3 crianças estão em monitoramento auditivo e 2 foram encaminhados para exames complementares. Os dois pacientes encaminhados ainda não realizaram a avaliação audiológica completa. Nas cidades do sertão observa-se dificuldade no acesso a avaliação audiológicas especialmente em crianças, sendo na maioria dos hospitais não realizados a TAN. Com a implantação desse serviço garantimos a democratização de acesso aos desiguais, auxilia na diferenciação e realização de testes personalizados com a existência da equidade na saúde. Conclusões: Deve-se existir sempre ações de implantação de triagem, diagnóstico e monitoramento auditivo em crianças. Dentre as crianças avaliadas não houve ainda diagnóstico de deficiência auditiva. Houve um número significativo de teste da orelhinha realizados visto que no município não tem maternidade para nascimento.
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