40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

DESEMPENHO DO TESTE DE DÍGITOS NOS RUÍDO (TDR) DE ACORDO COM OS ANOS DE ESCOLARIDADE: RESULTADOS PRELIMINARES
Souza, L. E. G. ; Vital, B. S. B. ; Oliveira, M. C. V. N. ; Machado, A. J. L. D. ; Brazorotto, J. S. ; Balen, S. A. ; Nunes-Araújo, A. D. S ;

Introdução: A identificação de alterações audiológicas é crucial para o cuidado em saúde auditiva, com notória possibilidade de contribuição das ferramentas de triagem. O Teste de Dígitos no Ruído (TDR) destaca-se por ser sensível na identificação de possíveis alterações auditivas avaliando a habilidade de reconhecimento de fala no ruído com reduzida demanda linguística. Variáveis socioeconômicas, como os anos de escolaridade, são fatores em estudo na versão para o Português Brasileiro. Objetivo: Analisar o desempenho do Teste de Dígitos no Ruído (TDR) nos modos diótico e antifásico em função dos anos de escolaridade autorreferidos. Metodologia: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 6.275.455), realizado com 133 sujeitos avaliados em ambiente de ensino em uma Capital. Amostra estabelecida por conveniência. A coleta foi realizada por pesquisadores treinados, de outubro a dezembro de 2024. Foi realizada triagem audiométrica (audiômetro AD229b), com critério passa-falha de 20 dB NA nas frequências de 500, 1000, 2000, 4000 e 6000 Hz; TDR nos modos antifásico e diótico (aparelho Motorola Z3 play com fones de ouvido intra auriculares que acompanham o dispositivo), e a pergunta acerca dos anos de escolaridade do indivíduo (para as crianças, a pergunta foi direcionada ao seu responsável). Os anos de escolaridade foram categorizados em grupos - grupo 1 até 10 anos, grupo 2 até 20 anos, grupo 3 até 30 anos e grupo 4 maior que 30 anos de escolaridade autorreferidos. Os procedimentos foram realizados em ambiente silencioso e reservado. Todos os sujeitos receberam o resultado da triagem auditiva escrito, junto com as orientações de saúde e conservação auditiva; aqueles que falharam na triagem foram encaminhados para a Rede de Saúde. Análise de dados descritiva e inferencial, com teste Wilcoxon e Kruskal-Wallis. Resultados: 20 sujeitos foram excluídos por não completar os procedimentos, sendo a amostra constituída por 113 sujeitos de 6 a 64 anos (30,8 ± 16,4), e 4 a 45 anos de escolaridade autorreferidos (17,2 ± 8,7). O limiar de reconhecimento de fala no ruído na condição diótica teve mediana -8,6 dB (Q25 -10,7; Q75 -5,9), e na condição antifásica -9,6 dB (Q25 -13,4; Q75 -6,6) com diferença significante entre esses resultados (p<0,000; Z=-5,69). Os grupos de escolaridade autorreferida foram compostos por 28 indivíduos no grupo 1, 47 no grupo 2, 31 no grupo 3 e 7 no grupo 4. Foi observado efeito dos grupos tanto no desempenho do TDR diótico (p<0,000; X²(3)=29,41) quanto antifásico (p<0,000; X²(3)=18,70). Ao observar as comparações em pares, na condição diótica a diferença estatisticamente significativa foi encontrada entre os grupos 1 e 3 (p<0,0001), 1 e 2 (p=0,003), e 1 e 4 (p=0,013); na condição antifásica foi observada diferença entre os grupos 1 e 3 (p<0,000). Conclusão: Constatou-se neste estudo que quanto mais anos de escolaridade melhor o limiar de reconhecimento de fala no ruído mensurado pelo TDR, especialmente, na condição diótica.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1692
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1692


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