40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

ESTUDO COMPARATIVO DA SENSAÇÃO E REPERCUSSÃO DO ZUMBIDO NA QUALIDADE DE VIDA COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) EM PESSOAS PÓS-COVID-19
Bento, G. O. ; M, L. L. ; M, H. B. ; T, S. L. ; M, M. G. ;

Introdução
A COVID-19, identificada pela primeira vez em 2019, trouxe preocupações significativas à saúde global. Além de seus efeitos respiratórios, surgiram relatos de manifestações neurológicas e impactos nos órgãos auditivos. O zumbido, sintoma caracterizado pela percepção de sons sem estímulo externo, tornou-se um foco de estudos devido a possíveis conexões com a COVID-19. Fatores como perda auditiva, medicação ototóxica e obesidade, um risco significativo para a gravidade da COVID-19, foram relacionados ao zumbido. Este estudo investiga a relação entre o zumbido e o IMC em sobreviventes da COVID-19.
Objetivo
Comparar a sensação e repercussão do zumbido na qualidade de vida com o IMC de pessoas pós-COVID-19.
Metodologia
O estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Cesumar (Brasil), incluiu pacientes de 19 a 65 anos que tiveram COVID-19 entre janeiro e julho de 2021. Foram excluídos indivíduos com doenças neurológicas graves, dificuldade de locomoção ou sem autorização médica para os testes.
Os participantes responderam a um questionário sobre histórico médico, sintomas relacionados à COVID-19 e presença de zumbido. O zumbido foi avaliado com a Escala Visual Analógica (EVA) e o Tinnitus Handicap Inventory. Também foram realizadas avaliações audiométricas e físicas, incluindo medidas antropométricas e cálculo do IMC.
Resultados e Discussões
Os resultados indicaram que indivíduos com zumbido pós-COVID-19 apresentaram IMC significativamente maior em comparação com aqueles sem o sintoma (p<0,05). A obesidade pode influenciar a ocorrência e persistência do zumbido, possivelmente devido à tempestade de citocinas provocada pela COVID-19 em indivíduos obesos. Essa resposta imune exagerada, observada em infecções virais, está associada à progressão da doença e a complicações.
Os achados sugerem que o aumento do IMC pode exacerbar os processos inflamatórios subjacentes, potencializando o impacto do zumbido na qualidade de vida. Além disso, destaca-se a necessidade de estudos futuros envolvendo COVID longa e populações mais jovens para aprofundar o entendimento sobre as interações entre zumbido e obesidade.
Conclusão
Os dados reforçam a importância de estratégias focadas na recuperação da saúde em sobreviventes da COVID-19, incluindo práticas regulares de atividade física e alimentação saudável. Tais intervenções podem reduzir processos inflamatórios, melhorar a saúde geral e aliviar sintomas como o zumbido. A relação entre zumbido e IMC evidencia a necessidade de abordagens integradas para minimizar os impactos físicos e emocionais em pessoas pós-COVID-19.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1705
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1705


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