40º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

O PAPEL DA SAÚDE DIGITAL PARA O ACESSO À REABILITAÇÃO AUDITIVA INFANTIL EM POPULAÇÃO VULNERÁVEL: ESTUDO EXPLORATÓRIO
Martins, G. S. ; Santos, I. R. D. ; Morais, A.H.F. ; Valentim, R.A.M. ; Nunes-Araújo, A.D.S. ; Balen, S. A. ; Brazorotto, J. S. ;

Introdução: A saúde digital tem um importante papel ao democratizar o acesso aos serviços especializados. Na reabilitação auditiva ainda há desafios relacionados à distribuição equitativa de profissionais, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Nesse sentido, a telessaúde surge como uma solução para minimizar barreiras geográficas e custos para famílias que residem em áreas distantes, o que pode proporcionar um acompanhamento mais frequente e flexível, com impactos na adesão das famílias. Objetivo(s): Caracterizar o perfil de famílias de crianças e adolescentes com deficiência auditiva atendidas por teleconsulta em um serviço de reabilitação auditiva no SUS. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número de parecer 5.272.705. A amostra foi composta por 18 famílias de crianças e adolescentes com deficiência auditiva, com idades entre 6 meses e 15 anos, usuárias de um centro especializado de saúde auditiva vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). As sessões de teleconsulta aconteceram de forma síncrona, por meio de uma plataforma dedicada e segura do Núcleo de Telessaúde. O processo de reabilitação auditiva foi conduzido com base no Método Aurioral. Além disso, foram incluídos momentos de aconselhamento com as famílias, utilizando ferramentas de ajuste pessoal e aconselhamento informativo. Os dados coletados incluíram informações sobre as características socioeconômicas das famílias, a frequência nos atendimentos, se possui acesso a atendimento especializado no município de origem e a distância entre o município de origem e o serviço de reabilitação auditiva do SUS. Essas informações foram organizadas em planilhas do Excel® e submetidas a uma análise descritiva. Resultados: Em relação às famílias, 15 são de crianças e 3 de adolescentes. Uma criança ainda está em processo de avaliação audiológica para o diagnóstico do grau da perda auditiva, os demais participantes possuem perda auditiva de grau moderado a profundo. Sobre as características socioeconômicas, 94,4% das famílias recebem renda média domiciliar inferior a um salário mínimo e meio. Sobre a frequência nos atendimentos, as famílias apresentam média de 87,4%. Em relação ao acesso a atendimento fonoaudiológico especializado no município de origem, 72,2% das famílias responderam não possuir, já os 27,8% que possuem moram em regiões metropolitanas. Quanto à distância, 66,7% das famílias residem em municípios com mais de 50 km de distância do serviço especializado e 33,3% moram a menos de 50 km. Conclusões: As famílias da amostra possuem, predominantemente, nível socioeconômico baixo, residem distante do serviço especializado e não possuem acesso a atendimento em reabilitação auditiva no município de origem. Estes fatores, geralmente considerados barreiras para a reabilitação auditiva infantil, podem ser minimizados pelo uso apropriado da saúde digital, considerando a adesão da amostra avaliada ao processo terapêutico mediado por tecnologias.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1713
ISSN 1983-1793X
https://eia.audiologiabrasil.org.br/anais-trabalhos-consulta/1713


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